Conheça os fatores que mais dificultam a amamentação

Conheça os fatores que mais dificultam a amamentação

7 de outubro de 2019

Saúde

A amamentação é fundamental para o desenvolvimento do bebê. Além de também ajudar a mãe a criar um vínculo com o seu filho. Entretanto, o começo do processo pode não ser tão fácil.

O ginecologista e obstetra Jurandir Passos, diz que “mesmo com a orientação dos médicos e enfermeiros após o parto, algumas mulheres têm dificuldade de amamentar nas primeiras semanas. A principal dificuldade costuma ser o que chamamos de “pega” do peito, que é o encaixe adequado da boca do bebê ao mamilo da mãe”.

Veja abaixo os principais problemas que atrapalham a amamentação das mamães de primeira viagem.

Meu leite está sustentando o bebê?

De acordo com o médico, é normal que a mulher leve um tempo para se adaptar à amamentação. Além de todas as mudanças físicas, ela também precisa lidar com toda a ansiedade e expectativas que criou durante a gestação.

As primeiras mamadas, por exemplo, costumam gerar muita insegurança. Além de nem sempre serem confortáveis para a mãe, também não produzem muito leite, dando a impressão de que o bebê não está se alimentando adequadamente.

Mastite

O especialista explica que é comum principalmente nos primeiros meses após o nascimento do bebê, ocorrer a mastite. “É uma inflamação da mama que gera muito desconforto e sintomas como dores, vermelhidão, inchaço e, em alguns casos, até a formação de abscessos mamários. Ela acontece devido ao entupimento dos canais por onde o leite passa, e, se não tratada adequadamente, pode impedir a amamentação”, afirma.

Normalmente, o tratamento consiste em descanso da mama afetada e seu esvaziamento com bomba. Em alguns casos, o médico pode indicar antibióticos e anti-inflamatórios para aliviar os sintomas.

O bebê não quer mamar

Outro problema comum é a rejeição do bebê ao peito. Isso pode acontecer por vários motivos. Segundo o médico, muitas mães na hora do desespero acabam complementando a alimentação do bebê com outro leite, que além de não ser tão rico nutricionalmente, também é mais adocicado e melhor ao paladar do que o leite materno. “É comum que, após ofertar outro leite ao bebê, ele comece a rejeitar o peito. Por isso a complementação deve ser dada apenas com recomendação médica”, reforça.

Tipos de mamilo

Poucas mulheres sabem, mas há tipos diferentes de mamilos, que podem ou não impactar na amamentação. Eles podem ser protrusos (normais), planos ou invertidos, sendo o primeiro o mais fácil de adaptar a amamentação. “Mas isso não significa que aquelas mulheres que possuem o plano ou invertido não irão amamentar. Apenas que elas precisam conhecer técnicas e formas para melhorar o processo da pega”, conclui o ginecologista.

Mesmo com todas as dificuldades, as mães devem se lembrar que a amamentação é ainda a melhor forma de alimentar o seu recém-nascido. O médico irá mostrar as melhores maneiras de posicionar o bebê e ajudar a se adequar a essa fase.

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