Dor de cabeça: quando procurar um médico?
23 de outubro de 2018
Saúde
Quando as dores de cabeça viram rotina, prejudicam a qualidade de vida e vem acompanhada de outros sintomas, deve-se ficar atento e procurar ajuda médica.
“Existem inúmeros tipos de dor de cabeça. Por vezes não é o próprio problema, como no caso da habitual enxaqueca ou da cefaleia tensional. Mas sim um sintoma de algo mais grave. Caso a dor de cabeça mude de característica em relação ao que está acostumado, tornando-se intensa e noturna, ou venha acompanhada de alterações na visão, enjoos, vômitos e até crises convulsivas, é preciso procurar um médico. Para o diagnóstico correto da causa desses sintomas, podem ser solicitados exames. Como tomografia e ressonância magnética cerebral”, explica Marcelo Prudente, neurocirurgião.
Ao consultar o médico, tenha em mãos informações sobre as dores de cabeça que vem sentindo. Isso facilita o diálogo com o profissional e até o diagnóstico: quanto tempo a dor costuma durar? Em qual região ela é sentida? Qual é a intensidade? Que tipo de dor é (crônica, aguda)? Quais outros sintomas a acompanham?
O que não fazer se as dores de cabeça forem frequentes
Evite o uso excessivo de analgésicos, pois eles podem levar a um ciclo vicioso de dor. E, por vezes, agrava o caso. Se os episódios de crise de enxaqueca ocorrerem 10 ou 15 vezes por mês, essa recomendação deve ser seguida à risca. “Algumas células no sistema nervoso central produzem endorfina, que ajuda no combate à dor. O uso frequente de analgésicos acaba prejudicando a produção dessa substância. Isso obriga o paciente a toma-los cada vez mais, uma vez que as dores de cabeça se intensificam bastante”, afirma Marcelo.
Nesses casos, é indicado suspender a medicação para que o sistema nervoso volte a produzir endorfinas. Assim o organismo desenvolve sua defesa natural contra as dores de cabeça frequentes. “Embora a interrupção do uso de analgésicos nesta situação possa fazer com que o indivíduo sofra por um período, depois ele estará livre delas, graças ao aumento da produção de endorfinas”, conclui o especialista.