Saiba identificar a perda auditiva nas crianças
11 de outubro de 2018
Saúde
Preste atenção. Seu bebê parece não se incomodar com barulhos estranhos e nem mesmo esboça um sorrisinho quando ouve a sua voz? Ele tem mais de três anos e ainda demonstra dificuldade de formar palavras e se comunicar? Estes são alguns dos indícios de problemas de audição que podem passar despercebidos aos pais.
“Podemos começar a suspeitar de dificuldades de audição quando, desde pequenininhas, as crianças não se assustam nem reagem a sons altos demais”, alerta Marcella Vidal, fonoaudióloga. O ideal é fazer o teste da orelhinha assim que a criança nasce ou o mais cedo possível. “Durante o teste, se for detectado algum problema, a criança será encaminhada para exames mais completos”, explica a especialista.
A importância do diagnóstico precoce
É muito importante o diagnóstico de perda auditiva logo nos primeiros meses de vida. Pois, tratar o problema desde cedo é o segredo para a criança ter um desenvolvimento normal. “Os pais devem ficar atentos. Procure um médico otorrinolaringologista se achar que o bebê está demorando demais para emitir os primeiros sons”, aconselha a fonoaudióloga. Se isso não acontecer, mais tarde, no período escolar, essa deficiência poderá trazer dificuldades na aprendizagem e no convívio em sala de aula.
“Quando a criança é maior, fica mais fácil perceber a dificuldade de ouvir. Mas aí os problemas decorrentes da deficiência já podem aparecer. Quem assiste à televisão com volume muito alto; não dá atenção ao que os pais falam e é muito disperso nas aulas pode, sim, ter algum problema auditivo”, diz a fonoaudióloga. Ela reforça que a troca na fala, quando acima dos três anos, também deve ser observada. Na maioria dos casos, é indicado o uso de aparelho auditivo.
“A audição tem papel vital no desenvolvimento da linguagem e da fala, importantes na comunicação e na interação social da criança. A perda auditiva, se não for tratada, pode acarretar uma série de limitações: timidez, retraimento, problemas de aprendizado e de relacionamento”, finaliza Marcella.